Mulheres que Correm Com Os Lobos

Reflexão de Leitura

O projeto de reflexão de leitura, chega ao Capitulo 12 do  livro mulheres que correm com os lobos,  este  é um evento, semanal,  gratuito, 100% online e com vagas limitadas.

Neste programa, conversamos sobre cada capítulo do livro, e você pode participar conosco, contando sua história, falando sobre seus sentimentos diante de cada frase ou história.

Para participar e aconselhável, fazer a leitura do livro, mas não obrigatório.

Cada capitulo tem um tema, desta forma, você pode participar de todos os encontros ou só de alguns.

Então confira as frases que separamos para refletir a partir da historia  ” O Urso Da Meia-Lua”

As reflexões, mas relevantes dos eventos anteriores, ficaram disponíveis em nosso canal no YouTube.

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Capitulo - 12 A demarcação do Território

Os limites da raiva e do perdão

Pegando uma carona no livro, separamos algumas frase do 12º capitulo.

para que você, possa participar desta viagem de reflexão.

Algumas questões que podem ajudar em sua reflexão.

A Demarcação do Território: Os Limites da Raiva e do Perdão

 

Tomamos as medidas necessárias para manifestar nossas ideias no mundo. Recuperamos o foco de atenção quando o perdemos, ouvimos nossos ritmos pessoais, ficamos mais próximas de amigos e parceiros que estejam em harmonia com ritmos selváticos e integrais. Pág. 391

Uma vez que a mulher se lembre das origens da sua fúria, ela passa a considerar que não pode nunca parar de ranger os dentes. Por ironia, também sentimos muita ansiedade para dispersar essa fúria, pois ela nos dá uma impressão nociva e aflitiva. Queremos nos apressar e nos livrar dela. Pág. 391

 

 

Existe, porém, um outro jeito. Toda emoção, mesmo a raiva, possui conhecimento, insight, o que alguns chamam de iluminação. Nossa raiva pode, por algum tempo, ser nossa mestra… algo de que não devemos nos livrar tão rápido, mas, sim, pelo que devemos escalar a montanha, algo a ser identificado, algo com que aprender, algo a ser tratado internamente e depois ser transformado em algo útil para o mundo, ou algo que deixamos voltar ao pó. Pág. 397

A raiva corrói nossa confiança de que algo de bom possa ocorrer. Aconteceu algo com nossa esperança. E por trás da falta de esperança geralmente está a raiva; por trás da raiva, a dor; por trás da dor, normalmente algum tipo de tortura, às vezes recente, mas quase sempre muito remota. Pág. 398

A Procura da Curandeira: A Escalada da Montanha

Portanto, em vez de procurar ter um “bom comportamento” e não sentir raiva, ou em vez de usá-la para incinerar todo e qualquer ser vivo num raio de cem quilômetros, é melhor primeiro convidar a raiva para se sentar conosco, tomar um pouco de chá e conversar para que possamos descobrir o que provocou essa sua visita. Pag. 398/399

A indignação, ou irritação, que sentimos naturalmente com relação a vários aspectos da vida e da cultura é exacerbada quando houve repetidas ocorrências de desrespeito, perseguição, negligência ou extrema insegurança na infância. A pessoa ferida dessa forma fica sensibilizada para futuros traumas e utiliza todas as defesas para evitá-los. Pag. 399

Embora seja fato que às vezes precisamos expressar nossa raiva antes de podermos avançar para uma tranquilidade esclarecedora, isso precisa sofrer algum tipo de contenção. Se não for assim, é como jogar um fósforo aceso na gasolina. A curandeira concorda: essa raiva pode ser transformada, mas preciso de algo de um outro mundo, algo do mundo instintivo, o mundo em que os animais falam e os espíritos vivem. Pág. 400

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Uma ilusão ocorre quando algo gera uma imagem que não é real, como por exemplo as ondas de calor numa estrada que a fazem parecer ondulada. É real que existam ondas de calor, mas a estrada não é realmente ondulada. É essa a ilusão. A primeira parte da informação é exata, mas a segunda, a conclusão, não é. Pág. 401

Eis algumas ilusões frequentes acerca da raiva. “Se eu perder minha raiva, serei outra. Ficarei mais fraca.” (A primeira suposição é correta, mas a conclusão não é exata.) “Aprendi minha raiva com meu pai [minha mãe, avó, quem quer que seja] e estou condenada a me sentir assim pelo resto da minha vida.” (Primeira afirmação, correta; conclusão, equivocada.) Essas ilusões são contestadas pela procura, pelas perguntas, pelo estudo, por espiar debaixo das árvores e escalar o corpo da montanha. Perdemos nossas ilusões quando nos arriscamos ao encontro com o aspecto da natureza que é verdadeiramente selvagem: um mentor da vida, da raiva, da paciência, da suspeita, da desconfiança, do segredo, do distanciamento e da engenhosidade… o urso da meia-lua. Pág. 402

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O Espírito Do Urso

A imagem do urso ensina ser possível manter uma espécie de manômetro na nossa vida emocional, e especialmente que podemos ser ferozes e generosas ao mesmo tempo. Podemos ser lacônicas e prolíficas. Podemos proteger nosso território, deixar claros nossos limites, abalar os céus caso seja necessário, e ainda ser disponíveis, acessíveis, férteis, tudo ao mesmo tempo. Pág. 403

O Fogo Transformador E A Ação Correta

Podemos deter todo o conhecimento do universo, e ele se reduz a um ponto: praticá-lo. Ele se reduz a voltar para casa e implementar passo a passo o que sabemos. Com a frequência necessária, pelo tempo que for possível, ou para sempre: a opção que predominar. Dá tranquilidade saber que, quando estamos com a raiva fervendo, sabemos o que fazer com exatidão e com a habilidade de quem conhece o ofício: aguardar, soltar as ilusões, levar a raiva para uma escalada na montanha, conversar com ela, respeitá-la como mestra. Pág 404

Não é, porém, a imensa raiva original que provoca esse jorro, mas são ínfimas partículas dela, elementos irritantes deixados na psique que nunca são completamente eliminados. Eles causam uma dor que é quase tão intensa quanto a do ferimento original. É assim que a pessoa se retesa, temendo o golpe violento da dor e, de fato, gerando mais dor. Pág. 405

Nenhuma de nós pode fugir inteiramente da nossa história. Sem dúvida, podemos mantê-la num segundo plano, mas ela está ali do mesmo jeito. No entanto, se você quiser agir em seu próprio benefício, você superará a raiva e acabará se acalmando e se sentindo bem. Não perfeita, mas bem. Você. Pág. 405/406

A Raiva Legítima

Existe sem a menor dúvida a hora adequada para soltar a raiva a todo vapor. Quando as mulheres prestam atenção ao self instintivo, como o homem na história que se segue, elas sabem quando chegou a hora. Intuitivamente, elas sabem e agem de acordo. E isso é certo. Certíssimo. Pág. 406

As Árvores Ressecadas

Queremos aprender a decidir quando permitir a raiva justa e quando não. Essa história não trata do esforço para alcançar a santidade. Ela trata de saber quando agir de um modo selvagem e integrado. Pág. 408

Na sua psique instintiva, a mulher tem o poder, quando provocada, de se enfurecer com consciência — e isso realmente é algo poderoso. A raiva é um dos meios inatos de que ela dispõe para começar a criar e manter os equilíbrios que lhe são caros, tudo que ela realmente ama. E seu direito e, em certas horas e sob certas circunstâncias, é seu dever moral. Pág. 409

Descansos

O Instinto Ferido e a Raiva

A Fúria Coletiva

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Seja boa para si mesma e crie descansos, sepulturas para aqueles seus aspectos que estavam a caminho de algum lugar, mas que nunca chegaram. Descansos assinalam os locais das mortes, os tempos sombrios, mas eles também são cartas de amor ao seu sofrimento. Eles são transformadores. Há muitas vantagens em prender certas coisas à terra para que elas não saiam nos perseguindo. Há muitas vantagens em sepultá-las. Pág. 412

Se a mulher sofreu danos ao seu instinto, ela costuma se deparar com alguns desafios relacionados à raiva. Em primeiro lugar, ela tem problemas para reconhecer invasores. É lenta na percepção de violações do seu território e não se dá conta; da própria raiva até que esteja dominada por ela. Como o homem no início de “As árvores ressecadas”, sua fúria se abate sobre ela como uma espécie de emboscada. Pág. 412

Esses são processos adequados nos modelos das mulheres que chegam à conscientização, de como se importam com o que é essencial e importante para elas. Faz parte da psique instintiva saudável ter profundas reações ao desrespeito, à ameaça, à ofensa. Trata-se de uma parte essencial e esperada do aprendizado sobre os mundos coletivos da alma e da psique. Pág. 414 

A Prisão Da Raiva Antiga

Às vezes as pessoas se confundem e pensam que estar presa a uma raiva ultrapassada significa queixas e enfurecimentos, acessos de raiva e de atirar coisas. Na maioria dos casos não é assim que funciona. Estar presa significa estar cansada o tempo todo, ter uma grossa camada de cinismo, destruir a esperança, frustrar o novo, o promissor. Significa ter medo de perder antes de abrir a boca. Significa chegar ao ponto de ebulição por dentro, deixando transparecer ou não. Significa amargos silêncios defensivos. Significa sentir-se desamparada. Existe, porém, uma saída, e é através do perdão. Pág. 415

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Para uma cura real, porém, precisamos dizer a nossa verdade, e não só a nossa dor e o nosso lamento, mas também; o mal que foi causado, a raiva e revolta e o desejo de autopunição ou de vingança que foi evocado em nós. A velha curandeira da psique compreende a natureza humana com todas as suas fraquezas e concede o perdão com base no relato da verdade nua e crua. Ela não dá apenas uma segunda chance. Na maior parte das vezes ela dá muitas chances. Pag. 416

Os Quatro Estágios Do Perdão

1 – Deixar passar — deixar a questão em paz – Deixe a situação, a recordação, o assunto, tantas vezes quantas for necessário. A idéia não é a de fechar os olhos, mas a de adquirir agilidade e força para se desligar da questão. Deixar passar envolve voltar a tecer, a escrever, ir até o mar, aprender e amar algo que a fortaleça e deixar que o tema saia do primeiro plano por um tempo. Pág. 417

3 – Esquecer — afastar da memória, recusar-se a repisar – O esquecimento consciente significa a determinação de abandonar a prática obsessiva, de ultrapassar a situação e perdê-la de vista, sem olhar para trás, vivendo, portanto, numa nova paisagem, criando vida e experiências novas em que pensar no lugar das antigas. Esse tipo de esquecimento não apaga a memória; ele simplesmente enterra as emoções que cercavam a memória. Pág. 418

2 – Controlar-se — renunciar à punição – É de extrema utilidade a prática desse tipo de refreamento, pois ele aglutina a questão num único ponto, em vez de permitir que ela se espalhe por toda a parte. Essa atitude concentra a atenção para a hora em que a pessoa se dirigir aos próximos passos. Ela não quer dizer que a pessoa deva ficar cega, entorpecida ou que perca sua vigilância protetora. Ela pretende conferir um prazo à situação para ver como isso ajuda. Pág. 417

4 – Perdoar — o abandono da dívida – Não há no seu tornozelo nenhuma armadilha de laço que se estende desde lá longe até aqui. Você está livre para ir e vir. Pode ser que tudo não tenha acabado em “viveram felizes para sempre”, mas sem a menor dúvida existe de hoje em diante um novo “Era uma vez” à sua espera.

A cada semana, temos a alegria de prosseguir em nossa jornada.

Nós permitindo parar e refletir com você.

cada capitulo do livro apresenta infinitas possibilidades, para o crescimento individual e coletivo.

Permita-se vivenciar este momento de autodescoberta e despertar da consciência.

Para saber mais, faça parte dos nossos seguidores. 

Encontre o resumo das capítulos anteriores,

“Projeto”

“Cadastro”

“introdução” 

 ” La-Loba”

O Barba-Azul” 

“Vasalisa”   

“Manawee”

“Mulher Esqueleto”

Patinho Feio”

“O Corpo Jubiloso”

“Sapatinho Vermelho

“Pele de Foca”

” As águas claras”

” As Deusas Sujas”

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